ENGENHARIA DA EFICIÊNCIA ou EFICIÊNCIA DA ENGENHARIA

Engenharia da Eficiência

A engenharia do futuro está pautada em eficiência. Palavra forte e importante que se faz necessária em nossa vida pessoal e profissional. Somos ineficientes na maior parte do tempo, resolvendo urgências e emergências ao invés de planejamento, execução, criação, prospecção, ou pior ainda procrastinando.

Dentro da vida acadêmica podemos começar pela metodologia de ensino de graduação e pós-graduação, que consiste em dar uma ampla gama de conhecimentos para que o estudante saiba um pouco de tudo, mas ao mesmo tempo, menos técnica aplicada e menos especialização, que mesmo em algumas pós graduações são em vezes genéricas.

Não há mais tempo para 5 anos de graduação com matérias que não são aplicáveis na vida profissional, acredito ser importante o título de graduado e pós graduado, mestre e doutor, mas o que eu realmente utilizo no dia a dia? Qual área eu quero e vou trabalhar? Sou totalmente a favor de se ensinar uma base de cálculo, é a fundação, é a base de tudo, da lógica, dá a diretriz de como raciocinamos, porém não dá para conceber que um acadêmico precise fazer matérias tão distintas para depois trabalhar em um área muitas vezes totalmente específica. Isso com certeza é um atestado de ineficiência. 

Uma boa sugestão é que sejam fracionados os pacotes das graduações, com disciplinas e ao final de no máximo 2 anos receber o título. Caso queira optar por trabalhar em outra área pode fazer outras cadeiras e se tornar mais completo.

O ideal é que o ensino nos de toda base e que possamos escolher uma área específica. Depois caso esta área não seja de interesse o acadêmico pode incluir a proficiência de outra área, fazendo disciplinas diferentes em outras turmas. Isso não é regra é sugestão, existem diversas formas de aprendizado, o que foi útil no passado ou está hoje em uso não necessariamente vai servir no futuro.

Precisamos ser eficientes em formar profissionais prontos para o mercado, mesclando técnica com a prática. A formação tem sido por deveras metodologia, pouco senso crítico e aplicação.

Vou ilustrar melhor com exemplo da formação dos técnicos em edificação, que são em torno de 2 anos e são direcionadas e baseadas na técnica aplicada. Ou vamos imaginar ainda, engenheiro calculista, faz todas as disciplinas bases da engenharia, um ano e meio aproximadamente e após mais um ano e meio com todo tipo de cálculo aplicado, de edifícios, pontes, etc.

As instituições de ensino por anos vem sendo mais comércio, matérias para completar créditos, para que fique dentro de uma ementa, sem ensino, mas mais para que o faturamento das instituições particulares prospere. Talvez com ensino, mas sem aprendizagem.

Isso não é só no Brasil, nos EUA também, como diz Christopher Newfield em seu livro The Great Mystakes: How we Wrecked Public Universities and How We Can Fix Them (O grande erro: Como destruímos as universidades públicas e como podemos recuperá-las) descreve sobre a transformação das universidades públicas de ensino em negócios, ou seja a prostituição das universidades.

As universidades norte-americanas tem um foco no empreendedorismo para que os acadêmicos saiam e foquem nas empresas, consigam mais e mais doações das grandes empresas para as universidades.

No Brasil é um pouco pior pois o foco das instituições, além disso, é fidelizar o acadêmico com disciplinas e mais disciplinas para inchar a grade curricular e ganhar com o número de matérias, não se responsabilizando se houve ou não o aprendizado, se o profissional tem qualidade ou não. Passando da teoria para a prática, a situação é pior.

Ser eficiente em tudo o que se faz é pré-requisito, é obrigação, não há espaço para mesquinharia e hipocrisia nesse sistema de ensino arcaico e falido.

É difícil formar engenheiros eficientes já que as próprias instituições de ensino não o são. Não me entenda mal, não são todas, mas uma grande maioria. Os engenheiros precisam ser eficientes na sua profissão por si só, aprendendo com os próprios erros e estigmatizando a profissão que é tão importante e relevante. Bora pra ação, vamos trabalhar com eficiência e mostrar que nós engenheiros somos capazes de fazer mais e melhor com menos tempo e recursos. Se você está comigo nessa, deixa comentário, se conecta.

Rafael Paim de Campos

Dentre os trabalhos realizados como engenheiro civil, empresário e gestor de obras destaco a honestidade, a entrega das obras e trabalhos no prazo, o fato de cumprir com o prometido e não abandonar os compromissos assumidos. Responsabilidade. Com um mindset de crescimento contínuo, ajudei a desenvolver e implementar técnicas construtivas, de processos e de gerenciamento em obras, em empresas, em condomínios, prezando e buscando qualidade e alto desempenho. Utilizando-se da tecnologia para inovações, de uma forma simples e concisa.

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